4.2.06

Escrever para trocar uma maor pela memória dele.
Escrever para renovar incessantemente
a falsa eternidade.Abrindo um caminho para o sangue.Abrindo
um espaço onde instalar o corpo que apodrece, sílaba a sílaba.

Mata-se o amor por dentro das palavras que escrevem contornando os ângulos da página paisagem.
Mata-se o amor, para ficar dele a memória mais assassina, o grito mais claro de funda solidão.

....

A arte do amor que se escreve reinventando-se é uma ficção dolorosamente apreendida.
As palavras-repetidas, de obcessão-as palavras,dizia tornam mais irremediável este súbito silêncio,dia vertical sem a sombra do teu sangue.tua linfa.
Meu sopro veloz. De trágica morte.

Maria graciette besse " Mulher sentada no silêncio"

3 comments:

ricardo said...

()

o amor e ponto

um beijo

Amaral said...

Excertos que falam e descobrem o amor. O amor no desejo, o amor na arte, o amor no interior de cada um…

Badoix said...

Ó senhora enfermeira, para quando um texto seu? Se não puder ser um texto outra coisa. Assim, sei lá...assim uma cena. Uma cena feita a dois... ;) Beixo