14.1.05

Num universo cujo tamanho está para além da imaginação humana,onde o nosso mundo flutua como um grão de poeira no vazio da noite,os homens cresceram inconcebivelmente sós.
Sondamos a escala do tempo e os mecanismos da própria vida à procura de prodígios e sinais do invisível.
Como mamíferos pensantes do planeta-talvez os únicos animais pensantes em todo o universo-o fardo da consciência tornou-se-nos pesado.
Observamos as estrelas,mas os sinais são incertos.
Descobrimos ossos do passado e procuramos as nossas origens.
Há ali um caminho,mas parece transviar-se.
Os caprichos da estrada podem,contudo,ter um significado.
É assim que nos torturamos.

Loren Eiseley "A imensa jornada"

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