Ouço dizer que as águas cantam o amor, correndo, e que nas suas margens há arbustos debruçando tristezas profundas.
Mas nem as águas nem o vento me falam de mim ;eu, que solitário me debruço numa ânsia de tocar-me, e o resto perco no abismo da superfície; que o segredo que oculto em mim persigo, num silêncio me evocando entre os alheios rumores da vida ; e que o tempo esqueço absorto da minha própria existência
nuno júdice in "lira do líquen"
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