Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste
Sou poeta
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmonoro ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço- não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.E a canção é tudo.
têm sangue eterno a asa ritmada
E um dia sei que estarei mudo:-Mais nada
Cecília Meireles
(brigada wendy por me arranjares este poema..como prometi cá está..bj grande)
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5 comments:
É preciso cantar antes que o tempo para calar aconteça...
Um beijo
Daniel
Olá! Muito bonito este poema!
Mas estou aqui tb para dizer que vou voltar à carga no Art & stica mente. E o teu pedido ja está a ser tratado!
Hasta
VS
Obrigado pela tua visita. Vim procurar-te e dizes ser uma pessoa triste que procura a felicidade num mundo injusto.
Mas o motivo está aqui mesmo: és poeta! Porque, se "a última gota" é um poema teu, acredito que escondas os teus sentimentos no silêncio de um olhar.
Só que vais tentar mais vezes procurar um pouco de ti, fazê-lo muito, e deparares com um castelo enorme de alegria e bem-estar. Depois, a vida começa a fluir como um manancial de coisas boas e sãs, à mercê do teu olhar e do teu coração...
Infelizmente, não tenho grande elogio a fazer ao poema. Além de falta de ritmo, ou mesmo alternância exagerada, as metáforas são algo forçadas ("asa ritmada"). Algo desconexo, não?
Olá vizinha. Tens aqui um espaço muito interessante. O poema de Ary dos Santos vem mesmo a calhar, nos dias que correm com tantas desilusões por aí.
Foi bom visitar-te. Se quiseres dá uma espreitadela no meu
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