Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento.
Como um canto longínquo-triste e lento
Que voga e subtilmente se insinua,
Sobre a meu coração, que tumultua,
Tu vertes pouco a pouco o esquecomento...
A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões o eterno Bem.
E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre do ideal, que me consome,
Tu só, génio da noite, e mais ninguém!
Antero de quental
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2 comments:
Tá tão tristemente lindo... Lindo de ler e de sentir. Beijo grande linda. Adoro-te.
Tou sempre aqui e no teu coração.
tens poemas muito bons no teu blog. bom gosto. é pena ñ ter um pouco mais de ti.
vou passando por aqi de tempos a tempos pra deixar comentários.
**obrigado por teres comentado o meu poema.
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