Deixá-la ir, a ave a quem roubaram
Ninho e filhos e tudo, sem piedade...
Que a leve o ar sem fim da soledade
Onde as asas partidas o levaram...
Deixá-la ir a vela, que arrofaram
Os tufões pelo mar, an escuridade,
Quando a noite surgiu na imensidade,
Quando os ventos do Sul se levantaram...
Deixá-la ir, a alma lastimosa,
Que perdeu fé e paz e confiança,
À morte queda, à morte sielnciosa...
Deixá-la ir, a nota desprendida
Dum canto extrema...e a última esperança...
E a vida...e o amor...deixá-la ir, a vida!
Antero de quental
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1 comment:
quero aqui agradecer a oportunidade de ter lido este poema.
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