Vigia a linha do horizonte, como se tivessem destinado o trabalho árduo de adivinhar o que se esconde para lá dessa linha.
Viaja na asa nocturna do oceano, habitante do país onde perdemos a inocência.
…
(lembro-me – como se fosse agora – a tarde caía sobre o mar, e a sombra dos barcos afundava-se na sombra mais espessa da noite.
Eu afundava-me em ti – mas quando de novo acordei nada restava do que conhecêramos.
Do sol apenas ficara a palavra sol escrita a giz numa parede da memória. Sem incandescência, óssea. Polida pelo remoto vento do esquecimento.)
Quem está aí para morrer?
Quem está aí para a travessia dos vastos oceanos?
(A janela aberta, o copo de cerveja, a noite – sempre a noite ecoando passos, vozes, silêncios.
A mão, a tua mão quase líquida cercando o sexo. A língua na humidade doutra língua. O corpo celebrando a vida doutro corpo.)
Viaja na asa nocturna do oceano, habitante do país onde perdemos a inocência.
…
(lembro-me – como se fosse agora – a tarde caía sobre o mar, e a sombra dos barcos afundava-se na sombra mais espessa da noite.
Eu afundava-me em ti – mas quando de novo acordei nada restava do que conhecêramos.
Do sol apenas ficara a palavra sol escrita a giz numa parede da memória. Sem incandescência, óssea. Polida pelo remoto vento do esquecimento.)
Quem está aí para morrer?
Quem está aí para a travessia dos vastos oceanos?
(A janela aberta, o copo de cerveja, a noite – sempre a noite ecoando passos, vozes, silêncios.
A mão, a tua mão quase líquida cercando o sexo. A língua na humidade doutra língua. O corpo celebrando a vida doutro corpo.)
Al Berto " Dispersos"
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