30.3.08


Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu and
oa limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco.
Mário Cesariny

1 comment:

Cristina Carvalho said...

Olá!

Eu fiz aquele comentário a um poema que você transcreveu do livro Até Já não é Adeus, em Novembro de 2005, porque fui eu que escrevi esse livro e outros. Achei piada e gostei imenso de ter encontrado pessoas que me são totalmente desconhecidas, ( andei a navegar na net a partir dos títulos dos meus livros e foi quando encontrei o seu blogue ) falarem desse livro tantos anos após a sua publicação. Em breve vou publicar outro. Se me quiser escrever - o meu blog que aliás, não tem quase nada escrito -
www.estouconstipada.blogspot.com

Muito obrigada

Cristina Carvalho